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Os políticos descobriram tarde o LinkedIn

Por George Soares, Jornalista

Em 31/07/2022 às 14:45:15

No Brasil, 171 milhões de pessoas acessam as redes sociais e o LinkedIn é uma das mais antigas que tem. Pode não parecer tão velha, mas surgiu no início dos anos 2000, como uma plataforma mais dinâmica para currículos online. Só nessa rede, o número de usuários ativos corresponde a 52 milhões de pessoas. De modo comparativo, é como se um terço de toda nossa população com idade acima de 18 anos tivesse uma conta lá. Ou seja, 33% da população apta para votar tá lá no LinkedIn. É claro que ela também está no Facebook, no Twitter, no Instagram e em diversas redes sociais. Mas por que estar lá é importante?

Historicamente (e conceitualmente) o LinkedIn é um ambiente profissional, voltado para esse mundo corporativo, seja para gerar negócios, fomentar networking ou conseguir uma vaga de emprego. O que alguns não enxergam hoje é que lá também se tornou um ótimo espaço para a comunicação e construção de imagem e reputação, inclusive para políticos.

Diferentemente de empresários e consultores, a maior parte dos políticos ainda não conseguiu enxergar as vantagens da rede social e utilizam o LinkedIn como um currículo online ou, na melhor das hipóteses, um replicador do conteúdo postado no Facebook. As poucas exceções costumam ser políticos jovens e com atuação voltada para temas relacionados ao empreendedorismo. Isso, pelo menos, até poucos meses.

Em 2022 ele finalmente começa a ser desvendado por esse público. Jair Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes, os três candidatos mais bem avaliados nas pesquisas para a corrida presidencial deste ano, estão na rede e, cada um com seu tom, fazendo o conteúdo.

Ter presença na rede é relevante, em primeiro lugar, pois, diferentemente das outras redes, o atrito é um pouco menor. Enquanto no Facebook e Twitter, por exemplo, existe uma “espiral” de ataques e provocações, no LinkedIn, o debate chega a ser mais polido, por ele ter essa conotação empresarial. Além disso, os assuntos naturalmente já tratados lá passam longe de memes (que não sejam sobre o ambiente de trabalho), mensagens de bom dia ou hashtags de bandas de k-pop. O usuário do LinkedIn busca conteúdo relevante que possa ajudá-lo em seu desenvolvimento profissional.

O caminho mais interessante para iniciar na rede é se mostrar como um especialista de um tema ou esmiuçar em detalhes a bandeira pela qual você pretende defender, caso eleito. Curiosidades sobre a área de atuação e formação são bem vindas. Redes sociais são trocas quase íntimas e informações de bastidores sempre dão bom retorno.

O segundo bom motivo é que, por razões óbvias, não há quase concorrência lá. Em um planejamento digital isso deve ser levado em consideração. Você consegue dialogar melhor com a sua audiência e com uma eventual audiência de algum adversário. Além disso, como terceiro bom motivo, a própria configuração da rede. De acordo com o engajamento da publicação, seu conteúdo pode ser visto por dias. No pior dos cenários, de uma forma menos intensa – porém, mais eficaz – que no Instagram e Facebook.

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